Giddens diz que a modernização e a modernidade são modos de vida e de organização social que emergiram na Europa cerca do século XVII, baseadas em um processo, segundo o qual uma idéia fixa e estreita de “lugar” e “espaço” (que prevalece nos tempos modernos) são gradualmente destruídas por um cada vez maior conceito de “tempo universal”.
O processo de modernização “distanciou” os indivíduos e as comunidades das sociedades tradicionais destas noções estreitas de tempo, espaço e status. A modernização “desencaixou” o indivíduo de sua identidade fixa no tempo e no espaço, forçando à descontextualização e que nos dias de hoje transformou as relações sociais e a percepção dos indivíduos e colectividades sobre a confiança e a segurança.
Essa descontextualização nota-se nas principais vertentes, como nas famílias, onde existe novas modalidades familiares, estilos de vida diferentes do que outrora, mais divórcios, que por qualquer razão resolvem separar sem se preocuparem se os seus filhos irão sofrer,mas como é a nova modalidade, temos aderir ao sistema.
No trabalho e emprego onde deixou de haver a ética profissional, apenas se trabalha por um salário e um individuo não consegue ganhar a sua prática que é adquirida ao longo dos anos. Devido à modernização, nalguns aspectos trouve vantagens, mas noutro trouxe desvantagens como a falta de emprego, a substituição das máquinas pela mão de obra.Na educação esta por sua vez está um descalabro, não há respeito por ninguém e a própria escolarização, tem sido afectada por todos os campos.
A internet é um bom meio de transmissão, mas se não for bem explorada pode por sua vez ser prejudicial, onde arrasta muitas vezes a casos de pedofilia, como temos observado ultimamente, os contactos são feitos através da internet, bem como outros casos.
Vivemos numa época marcada pela desorientação, pela sensação e de que não compreendemos plenamente os eventos sociais e que perdemos o controle.
O dinheiro tinha um valor limitado para tais artesões por que suas trocas econômicas eram baseadas em impressões de valores locais e particulares. A modernização destruiu tais formas e as substituiu com uma forma de trocas “universal”: o dinheiro. O dinheiro passou a agir como meio de troca geral e universal, ao contrário das trocas particulares e locais entre os indivíduos. O Dinheiro foi então capaz de mover os indivíduos de contexto local a global e pode então estabelecer relações sociais através do tempo e do espaço. O dinheiro fez o mundo parecer diminuir. As desigualdades de poder no mundo são gritantes. A globalização acelerou o processo que começou com a modernização. Se considerarmos que a modernização criou a noção de uma moeda nacional que varreu todas as diferenças locais dentro de uma fronteira nacional, podemos afirmar que a globalização varreu todas as diferenças entre moedas nacionais. O aparecimento do uso do “Cartão de Crédito” e a inovação da Europa em gerar uma moeda local para todas as comunidades da Europa, o Euro.
O surgimento dos Sistemas peritos nos quais as sociedades vieram apostar, pois nos dias de hoje têm que haver pessoas qualificadas, os quais surgem como resultado das revoluções científicas e o aumento em conhecimento técnico e o conseqüente aumento na especialização. Por causa da sua afirmação de suas formas de conhecimento “científica” e “universal” estes sistemas especialistas não são dependentes de um contexto e podem, a partir disso, estabelecerem relações sociais através de grandes períodos de tempo e espaço. Igualmente, enquanto esses sistemas especialistas criam seus grupos de experts e conhecimento um abismo social é criada assim como um aumento entre o profissionalismo dos praticantes e dos seus grupos de clientes. Um bom exemplo de tais sistemas especialistas é o “Sistema médico moderno” de cuidado à saúde. Um modelo baseado nas reivindicações universais da ciência.
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